quarta-feira, 23 de abril de 2014

Aula ministrada no Frei Daniel


Roma Antiga

A batalha que marcou o inicio do Império Romano, e o fim da Monarquia Egípcia.

Otávio                                             Marco Antônio  e Cleópatra





Depois de conquistar o poder em Roma, Otávio preocupou-se em tornar seu governo legitimo. Para isso pressionou o senado e dar-lhe vários títulos, entre eles o de príncipe (líder do senado e o mais importante cidadão de Roma), o de Augusto  (Venerado), o de imperador comandante supremo dos exércitos  e o de Pontífice Maximo (maior autoridade religiosa)Exigiu ainda que passassem  a chamá-lo de Otávio Augusto.
Com o imperador Otávio August, teve fim a republica e iniciou-se o império (27 a.C).

PAZ ROMANA: A ascensão de augusto ao poder encerrou o período das guerras civis em Roma. Ele promoveu várias reformas , inicialmente, organizou o exercito para proteger as fronteiras do império, distribuiu terras aos soldados veteranos e cargos aos senadores e aos cavaleiros. Aos senadores reservou o governo de importantes províncias. Os cavaleiros ficaram a frente do governo do Egito (província importante por fornecer trigo a Roma) e ocuparam cargos relacionados ao abastecimento da cidade.
Augusto procurou garantir trigo a preços baixos para a população  de Roma isto significa, porém que a vida dos pobres  fosse fácil e que eles vivessem exclusivamente a custa do estado. Conforme o historiador Fabio Faversani:

“O trigo era distribuído (...)-se muito –a 0,5% da população total do império (...)Assim, é quase tão verdadeiro pensar que esse trigo matinha o povo alimentado quanto pensar que o salário –família  concedido pelo Estado brasileiro possibilite aos pais e mães trabalhadores criarem seus filhos (...)    

(FAVERSANI, Fabio. A pobreza no Satyricon de Petrônio, Ouro preto, Editora da UFOP, 1999 da UFOP, 1999, p.50.)    

Dessa forma augusto deu inicio a  política de “pão e circo”, iniciada pelo governo republicano para evitar protestos dos plebeus. Ela consistia em distribuir  trigo aos famintos e promover grandes espetáculos circenses  gratuitos, o que garantia  aos políticos  que os patrocinavam  prestigio junto a população
O governo de augusto durou quarenta e quatro anos e deu inicio a um longo período de paz, que se  estendeu e ficou conhecido como a paz romana  (14 a 235 d.C). Durante este período, as principais cidades do Império ganharam esgotos, estradas, teatros, templos, fontes, aquedutos (canais que conduziam água de diferentes lugares até a cidade) etc.
Enquanto durou a paz romana, o império viveu uma fase de grande esplendor econômico e cultural. Roma tornou-se a capital do mundo antigo e o centro de um intenso comércio entre as diferentes partes do império. Contribuíram para a expansão do comércio romano nesse período o constante  melhoramento das  estradas, a construção de pontes e portos, o uso do latim como língua principal e o progresso nas técnicas de construção  civil e naval.

PARA REFLETIR.  ,
Os imperadores romanos eram loucos e cruéis?

Certamente você já ouviu falar dos imperadores Calígula e Nero como loucos,  cruéis e devassos. Esta é uma imagem que nos é transmitida, em boa parte, pelo cinema. Será que eles eram assim  mesmo?
Em primeiro lugar, devemos lembrar que a violência sempre esteve na política de roam imperial. Era comum a eliminação de adversários políticos e mesmo  de familiares pelos imperadores. Praticamente todos os imperadores  romanos, em algum momento de seus governos, recorreram a violência para se manter no poder. Nesse aspecto, Calígula e Nero não foram exceção . Em 65 d.C, por exemplo, ocorreu uma conspiração contra  Nero  que pretendia  colocar outro no poder. Ele reagiu violentamente, provocando a morte de vários senadores e cavaleiros.
Em segundo lugar, deve-se ter em mente que os relatos históricos  que possuímos sobre o período imperial  foram escritos, em grande parte, por senadores, como Tácito, nossa principal fonte sobre Nero. Nesses relatos, cada imperador é julgado de acordo com o grau de colaboração que estabeleceu com o Senado  durante seu governo. Aqueles imperadores, como Calígula e Nero, que buscavam reforçar seu prestigio apoiando-se nos setores populares eram duramente  criticados. Daí a imagem negativa que temos deles hoje.
Por fim, apenas um comentário sobre o célebre incêndio de Roma em 64 d.C, do qual Nero é acusado. Na verdade, não há provas  cabais do envolvimento do imperador. Provavelmente, após o incêndio circularam boatos  incriminado  Nero, que posteriormente, foram reformados por pessoas que lhes eram hostis.
Além disso, incêndio em Roma eram comuns e quase que diários, sobretudo  nos bairros pobres, onde as casas tinham estruturas de madeira e eram construídas muito próximas umas das outras. O que pouca gente sabe é que Nero realizou uma reforma urbana nas áreas incendiadas                              

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