quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Trabalho de: “Conhecimento Cultura e Linguagem”. Professora: Maria do Carmo Acácio de Souza. Turma LHN 02 (Faculdades Integradas Ipiranga). Resenha Elaborada do Filme A Guerra do Fogo.



                                                                                                                          






RESENHA ELABORADA DO FILME A GUERRA DO FOGO[1]
Direção: Jean Jacques Annaud Roteirista  Gerard Brach . Gênero: épico. Tema principal: a descoberta do fogo. Atores: Everett McGill, Ron Perlman, Nameer El-Kadi, Rae Dawn Chong Original: La Guerre du Feu. Região: 2 (Alemanha) Duração: 96 m Ano: 2001

Sebastião Pereira Viana Júnior[2]

O contexto do filme se passa na pré história, ou idade da pedra lascada. A guerra se dá devido a necessidade que a humanidade tinha, nos seus primórdios  de que precisava para sobreviver, e  quem possuía o fogo era sinônimo de poder, riqueza cultural, aquele que sabia manipular o fogo, dominava e escravizava outras tribos. O que não era o caso da tribo dos protagonistas, que mantinham ele aceso a todo o custo, por não terem o conhecimento de fazer produzi-lo ou acende-lo. Mas eles não eram os mais atrasados, tinham aqueles que não se diferenciava muito dos macacos, e que lutavam por fogo também, nesse caso, as duas tribos não dominava o elemento primordial da natureza que propiciava um grande poder na época o fogo.
Três membros da tribo foram designados para irem em busca do fogo. Isso  parecia uma missão de honra pois outros queriam ir, mas um homem que era uma espécie de líder deixou para os três que foram escolhidos.
 A terra nesse período era habitada por seres primitivos, vivendo em cavernas, em grupos nômades, tendo ao lado animais pré-históricos, como o tigre dente-de-sabre, o mamute etc. O perigo que o homem enfrentava com animais ferozes era constante, a tribo não havia aprendido a domesticá-los, ainda era muito rudimentar, os seus conhecimentos em relação a natureza.
Por isso enfrentaram diversos perigos atrás dessa nova chama de fogo. Durante o percurso, encontraram outra tribo, essa  de canibais, e tiveram que enfrentá-los e saíram vitoriosos, conseguindo alcançar o objetivo almejado. E ainda salvando uma prisioneira mantida por essa tribo e que depois insiste em ficar com eles.
E assim, resolvendo seguir a mulher que salvara dos canibais, encontra a tribo Ivakas, que sabia como fazer fogo, era uma tribo, muito mais desenvolvida, que conhecia frutas, artesanatos e já moravam em cabana. Ao chegar nessa tribo, foi recebido com boa alimentação e muitas mulheres para fazer sexo, mas iria se tornar prisioneiro dessa tribo.
Porém, com ajuda conseguem fugir, e novamente enfrentam outra tribo desta vez no 2º confronto o meio técnico de matar tribos rivais que tinham técnicas de guerras mais avançadas, foi muito forte. E se sobreporem sobre os mais fracos, igual nos dias de hoje, o mais forte dita as regras.
E assim, os três conseguiram chegar em sua tribo com o fogo e levando consigo a mulher que salvara e obtendo um final feliz para um dos membros que havia saído em busca do fogo.
A partir do filme compreende que o fogo é o material histórico, e  quem o dominava tinha grandes possibilidades de sobreviver, ele era o mecanismo que regia a vida.
Karl Marx em sua obra remete a esse contexto da pré-história, ressaltando que sobre o grande poder exercido por quem tinha o fogo, ou seja, quem dominasse o fogo, dominava outras tribos. Na Introdução de 1857, Marx afirma que “a anatomia do homem é uma chave para a anatomia do macaco” Tanto que, quando os homens primitivos perdiam a sua chama em decorrente de uma guerra com outros grupos de hominídeos, tinham que imediatamente sair em busca de outra chama, pois o fogo tinha uma importância para a sobrevivência.

Podemos relacionar também esse filme, com o que ressalta Vygotsky,( 1924-1934 ) “(...) a interação entre grupos diferentes acarreta um aprendizado muito importante para todos os participantes... Afetividade e inteligência, apesar de terem. funções definidas e diferenciadas, são inseparáveis na evolução psíquica”.
Compreende-se que uma parte dessa teoria diz-se que o homem precisa das relações pessoais para se desenvolver, e foi o que aconteceu quando as duas tribos “Ulan e Ivakas”  entraram em contato. Uma por ser mais desenvolvida contribuiu para que a menos desenvolvida a “Ulan” aprendessem a fazer coisas novas, rir, bem como a produzir o fogo.
         Fica evidente, que a aprendizagem do homem, só poderá ser compreendida como um processo de formação resultante do contato e da colaboração da sociedade, o que interfere diretamente no desenvolvimento do pensamento e do raciocínio de cada um”.
         O filme nos deixa claro que a interatividade com outras pessoas, ou tribos, proporciona uma mudança nos meios técnicos e nos traços cultuais.
Tudo isso condiz com a teoria do Vygotsky  que segundo esse autor atribuía um valor preponderante às relações sociais no processo de construção do sujeito, como bem observado no filme esse processo que desenvolve o ser humano que aprende novas coisas e transmite para outras gerações fazendo assim um ciclo cultural que envolve as pessoas.
        

A partir do estudo realizado vimos que a espécie humana ao longo de sua saga passou por diverso momento de desenvolvimento. O intercambio cultural e genético, foram cruciais nessa troca cultura, e que o filme retratou foi muito forte, e importante para o homem. E isso aconteceu muito à questão do sexo e da cultura, que foi de fundamental importância para o desenvolvimento da espécie. Os mecanismos criados para a sobrevivência como conhecimento de frutos, medicina, domínio do fogo para a época era considerado muito avançado. Diante de tamanho momento rústico a qual o homem vivia
         Entendemos que a necessidade de dominar a natureza, está ligada com a necessidade de sobrevivência dos homens, e de que eles aprendendo e desenvolvendo armas, a imaginação que faltava ao macaco sobrou no homem. Por isso ele conseguiu mais tarde se destacar em relação aos outros animais. Se diferenciaram para mostrar que no decorrer da saga humana houve fatores fundamentais que foi o trabalho em equipe, imaginação, descobertas, e a transmissão de conhecimento.
         Conclui-se que a  natureza humana, por ser violenta em que guerreava, e matava uns aos outros, não é pois somente marca do passado, mas atual, também, existem muitos aspectos em que percebe-se a qual é a origem da necessidade em que o homem sente em mostrar a sua  força para  o seu semelhante, a necessidade de poder, sexo, em fim, o domínio do homem sobre o homem, são marcas na historia humana, até nos dias atuais.





Referencias:  

http://www.antroposmoderno.com/antro-articulo.php?id_articulo=1244

http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/lev-vygotsky-teorico-423354.shtml

http://www.anped.org.br/reunioes/27/gt13/t132.pdf



[1] Resenha exigida como parte da 1ª avaliação da disciplina Conhecimento, Cultura e linguagem, ministrada pela professora Maria do Carmo Acácio.
[2] Aluno do curso de licenciatura em História da Faculdade Ipiranga, turma LHN02

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